O que é mais importante: Trabalho ou Igreja?
- Luiz Aguinaldo Ponton Cuaglio
- 4 de ago. de 2016
- 3 min de leitura
Durante a minha caminhada cristã eu tenho ouvido muito sobre servir na igreja, trabalhar para Deus, chamado ministerial, carreira cristã, e também sobre um forte ataque aos que vivem mais a sua profissão fora da igreja do que seu serviço dentro da própria igreja.
A partir disso, comecei a me perguntar: O que vale mais: A minha profissão secular ou o meu chamado ministerial?
O trabalho é uma bênção e foi dado ao homem o dever de trabalhar desde o momento em que foi criado:
Gênesis 1:28 – “Então Deus os abençoou e lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos; enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se arrastam sobre a terra.”
Os termos sujeitar e dominar dão ao homem o trabalho de cuidar da terra e de tudo o que há nela. Esse foi o trabalho designado ao homem, e num primeiro momento vemos que não seria árduo porque tudo ali era bom.
Devido ao fato de termos que pagar contas (e elas sempre tendem a aumentar de acordo com o tempo e nossas escolhas e tentações) acabamos por trabalhar para sobreviver, o que nos faz perdermos nosso tempo de lazer, tempo com a família, tempo com Deus, e às vezes até deixar a saúde de lado por causa do nosso trabalho. Benjamin Hunnicutt é historiador da Universidade de Iowa, especializado em história do trabalho. Ele observa que o trabalho se tornou uma religião, objeto de adoração e dedicação de nosso tempo. É aí que está o erro.
A Bíblia diz que não devemos ser preguiçosos:
Provérbios 13:4 – “O preguiçoso muito deseja e nada tem, mas o diligente será plenamente satisfeito.”
Mas é necessário buscarmos o equilíbrio.
A Bíblia também nos revela que fomos chamados cada um para um propósito específico:
Romanos 8:28 – “Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito. “
E para o nosso chamado ser cumprido, Deus nos dá dons através do Espírito Santo como ferramentas para cumprir nossa missão com excelência:
1 Coríntios 12:7-11 – “A cada um, porém, é dada a manifestação do Espírito, visando ao bem comum. Pelo Espírito, a um é dada a palavra de sabedoria; a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra de conhecimento; a outro, fé, pelo mesmo Espírito; a outro, dons de curar, pelo único Espírito; a outro, poder para operar milagres; a outro, profecia; a outro, discernimento de espíritos; a outro, variedade de línguas; e ainda a outro, interpretação de línguas. Todas essas coisas, porém, são realizadas pelo mesmo e único Espírito, e ele as distribui individualmente, a cada um, como quer.”
Mas e aí, o que é mais importante: meu chamado ou minha profissão? Os dois!
O nosso chamado foi dado para que fizéssemos a diferença nesse mundo (em todos os lugares onde estivermos):
Mateus 5:13-15 – “Vós sois o sal da terra. Mas se o sal perder o seu sabor, com o que se há de temperar? Para nada mais presta, senão para se lançar fora e ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Uma cidade edificada sobre um monte não pode ser escondida. Igualmente não se acende uma candeia para colocá-la debaixo de um cesto. Ao contrário, coloca-se no velador e, assim, ilumina a todos os que estão na casa.”
E na proporção da excelência com que cumprimos nossos deveres, as pessoas glorificam a Deus:
Mateus 5:16 – “Assim deixai a vossa luz resplandecer diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai que está nos céus.”
Então somos ensinados que tudo o que fazemos deve ser consagrado a Deus e ser uma maneira de honrar a Deus:
Colossenses 3:23-24 – “Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor, e não para os homens, sabendo que receberão do Senhor a recompensa da herança. É a Cristo, o Senhor, que vocês estão servindo.”
Mas e quanto às pessoas que vivem trabalhando e não servem na igreja ou que dão mais valor ao trabalho do que ao seu tempo com Deus, e do que ao seu compromisso com a igreja?
Eles estão errados!
Como eu disse anteriormente, é necessário que haja um equilíbrio quanto à administração da nossa vida. Devemos dar o devido valor a cada um, tanto ao trabalho, quanto ao seu ministério e sua igreja. Devemos lembrar também que, inclusive na igreja, cada um tem uma função e um propósito (Atos 6:1-7), e por isso a igreja deve andar em unidade, para que assim possa viver com zelo e excelência.
Deus abençoe sua vida!
Luiz Aguinaldo Ponton Cuaglio
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